
A habilidade com a perna direita e a visão de jogo, considerada genial, foram os aspectos que levaram Ênio Andrade a ser considerado um dos maiores destaques da história do G. E. Renner. Na bola parada, em pênaltis, faltas ou escanteios, o gol era quase certo. Ênio colocava a bola aonde ele queria.
Com tamanha habilidade e visão de jogo, Ênio Andrade se tornou o mentor da equipe rennista, de modo que todos os demais jogadores orbitavam ao redor de sua inteligência e categoria. A sua passagem pelo time dos industriários foi considerada brilhante e as conquistas foram muitas. Foi nessa época que Ênio viveu seu auge como jogador de futebol e, não por coincidência, o período em que o time alvi-rubro conquistou suas maiores façanhas: o vice-campeonato citadino de Porto Alegre de 1953; o campeonato citadino e o campeonato estadual de 1954; e o vice-campeonato citadino de 1956.
Durante o período em que vestia as cores do G. E. Renner, Ênio Andrade disputou ainda o campeonato brasileiro de seleções estaduais de 1955, representando a seleção gaúcha, e conquistou o campeonato Pan-Americano de futebol do México de 1956, com a seleção brasileira formada exclusivamente por jogadores gaúchos.
Após sua passagem pelo time do quarto distrito de Porto Alegre, Ênio Andrade jogou ainda pelo Palmeiras, pelo Náutico e pelo São José, onde encerrou a carreira como jogador de futebol em 1961, aos 33 anos.
A carreira de Ênio Andrade como treinador foi ainda mais exitosa do que a trajetória como jogador. As conquistas de 3 campeonatos brasileiros de futebol, com Internacional (1979), Grêmio (1981) e Coritiba (1985), e de diversas outras competições, levaram Ênio Andrade a ser considerado um dos melhores treinadores de futebol que o Brasil já teve. Seus ensinamentos persistem nos clubes brasileiros e sua trajetória será para sempre lembrada por tamanho brilhantismo e sucesso.