
A tarde de 07 de julho de 1957 parecia que seria tranquila no colorado Estádio dos Eucaliptos. Na partida preliminar, disputada entre os aspirantes, a equipe do Grêmio Esportivo Renner empatou em 2 a 2 com o tradicional esquadrão de aspirantes do Sport Club Internacional. Os destaques do time dos industriários foram os jovens craques Henrique, Luis Luz, Higino e Osquinha.
A partida principal, válida pelo Campeonato Metropolitano, iniciou cercada de uma grande expectativa por parte dos profissionais, pois o Renner e o Internacional disputavam a liderança da tabela de classificação. Para completar, um temporal começou praticamente no mesmo momento em que o juiz apitou o início da disputa. Um verdadeiro banho foi proporcionado a todos os presentes no estádio localizado no bairro Menino Deus.
Mesmo com o gramado encharcado, o time rennista não teve dificuldades para abrir o marcador através dos pés de Joeci. No início do segundo tempo, o susto: uma das arquibancadas de madeira do estádio ruiu devido a superlotação. Dezenas de pessoas caíram em conjunto causando apreensão a todos os presentes. 15 torcedores se feriram gravemente e tiveram que ser levados para o Pronto Socorro Municipal.
O confronto foi reiniciado depois de um longo período de paralisação. O Renner continuou dominando a partida e ampliou o marcador com um gol de Pedrinho. Quando estava prestes a terminar a disputa, o Internacional descontou. Ivo Diogo foi autor do gol colorado.
Após a partida, muitos protestos foram registrados. Tais incidentes ocorreram, segundo a crônica esportiva da capital da gaúcha para “não fugir a um hábito comum no Estádio dos Eucaliptos, sempre que tem clássico e o time da casa perde”. Muitas pedras e garrafas foram arremessadas em direção à arbitragem e à equipe do Renner. Mas já não adiantava mais nada. O resultado estava decretado e o Renner era, agora, líder isolado da competição.