
No dia 27 de março de 1957, o Renner recebeu a equipe do Santos para um amistoso no Estádio Tiradentes. O peixe, recém bi-campeão do campeonato paulista, chegou em Porto Alegre com um time recheado de craques como Dorval, Pagão, Jair e Tite. Além destes, a delegação do time paulista também trouxe um garoto de 16 anos que atuava no time juvenil. O menino se chamava Edson, mas também era conhecido como Pelé.
No primeiro tempo da partida, o Renner, não surpreendentemente, atropelou. Com gols de Ênio Andrade (2 vezes), Ivo Medeiros e Juarez, o time dos industriários não deu chances ao esquadrão do Santos. O único gol sofrido pelo time do 4º distrito foi um gol contra de Bonzo, em uma das únicas falhas do sistema defensivo da equipe rennista.
No segundo tempo de jogo, Pelé entrou no gramado do Estádio Tiradentes para substituir o centroavante Wilson Sório, mais conhecido como Melão. Orlando teve a missão de marcar aquele que era uma das maiores promessas do time santista. Sem muitas dificuldades, o zagueiro rennista anulou o jovem atacante que fazia uma de suas primeiras partidas no time profissional. Deu tempo ainda para Pedrinho marcar mais um para o Renner e, também, para Dorval e Tite marcarem mais dois para a equipe santista. Resultado final: um contundente Renner 5, Santos 3; e Orlando eleito melhor em campo.
A Folha da Tarde Esportiva registrou o comentário de Luís Alonso Pérez, o Lula, após o confronto. O treinador do Santos assinalou assim: “Eu lamento apenas que não pudéssemos contar com a nossa força máxima para dar combate ao Renner. Se isso tivesse acontecido, a plateia teria assistido a uma partida inesquecível. O Renner, tal como o Santos, procura jogar o bom futebol e faz uso, com perfeição, daquilo que tanta beleza dá às partidas e que tantos triunfos tem dado ao Santos: CONJUNTO. Além de contar com craques como Valdir, Orlando, Gago, Ivo Medeiros e Ênio Andrade, repito, o Renner procura obter o máximo desta preciosa arma chamada CONJUNTO”.
