
Os anos de 1948 e de 1949 foram os últimos anos de Antônio Bittencourt, o Gradim, como treinador do time principal do Renner. Esse período ficou marcado como um período de reformulação do time, que passou a contar com jogadores advindos de outros clubes e também das categorias de base. Os reforços, incorporados aos poucos ao esquadrão principal, trouxeram ainda mais qualidade para a equipe, e os resultados eram cada vez melhores. A dupla Grenal já não causava tanto medo à equipe de industriários do 4º distrito.
A crônica esportiva, sempre atenta aos meandros do futebol na capital gaúcha, continuava a exaltar os feitos do time Rennista. Cid Pinheiro Cabral, em sua coluna na Folha da Tarde de 08 de agosto de 1948, assinalou assim: “O Renner é realmente um clube diferente. É o único a que nada se abala. Goza as vitórias como o que melhor sabem fazer; sofre as derrotas sem ‘casos’, sem lutas internas, porque é originário de um ‘habitat’ diferente daquele onde nasceram todos os outros. […] É bem possível que, antes de um campeonato, o Renner queira um vice. Questão de método, que se percebe. Um dia o Renner amadurece e vai dar o que falar”.
A crônica de Pinheiro Cabral ainda profetizava assim: “O Renner é capaz até de provocar uma remexida violenta no caldeirão do football Porto-Alegrense, com efeitos imediatos e revolucionários sobre essa história de grandes e pequenos”.
Os anos seguintes vieram para comprovar a conjectura do jornalista. E ele não estava errado…
