
Já havia parado de chover quando A. J. Renner decidiu prestigiar mais um amistoso nas dependências do Grêmio Sportivo Renner na Rua São José. Era uma tarde de um domingo carrancudo de 1934. Nessa época as partidas entre os funcionários já haviam se tornado rotina nas dependências da A. J. Renner & Cia. Os comentários sobre as disputas se espalhavam pelo ambiente fabril e a expectativa pelos próximos embates só aumentava entre os trabalhadores.
A chuva veemente que caíra no final da noite de sábado, e também na manhã de domingo, no entanto, havia castigado de maneira brutal o campo do 4º distrito da capital gaúcha. O lamaçal era indescritível, as condições de jogo eram mínimas e, mesmo assim, um público imperecível se fazia presente nas dependências do Clube. Tamanha lealdade dos torcedores, assim como as condições do campo de jogo daquele dia, contribuiu decisivamente para que A. J. Renner tomasse uma resolução que alteraria definitivamente a vida do Renner: a doação de um terreno de esquina, no cruzamento da Avenida Sertório com a Avenida Eduardo. A intenção, assim como as assertivas decisões administrativas do “Capitão das Indústrias”, era clara: a construção de um Estádio para bem abrigar jogadores e torcedores, e valorizar ainda mais o esporte preferido dos porto-alegrenses.
A construção do Estádio Rennista não tardou a começar. Ainda em 1934 foram iniciados os trabalhos, os quais continuaram ao longo do ano do centenário da Revolução Farroupilha (1935) e foram cadenciados de modo que a inauguração coincidisse com a data da Proclamação da República do Brasil, dia 15 de Novembro. Assim, em uma sexta-feira de feriado em Porto Alegre, foi inaugurado o Estádio Tiradentes – arena que poucos anos depois veio a se tornar palco e testemunha de embates épicos e vitórias memoráveis.



meu pai darcy engelke e meu tio verno molerke trabalharam no renner . morava no predio na diagonal do estadio.
era pequeno e lembro ter ido ao estadio que ficava ao lado da sociedade ginastica.
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Bom dia Rogério, muito boas essas lembranças. Se tiveres algum material sobre o Renner, não deixa de entrar em contato para compartilhar ele conosco. Vamos manter essa história viva.
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