A união faz a força

Dois terrenos baldios sediaram as primeiras partidas daquele que viria a se tornar o glorioso Grêmio Esportivo Renner. Era início de 1931. Os campos, localizados em Porto Alegre na Rua São José (atual Frederico Mentz), foram testemunhas de acirradas partidas disputadas no esquema operários versus funcionários administrativos da majestosa A. J. Renner & Cia.

A segmentação de times conforme o cargo ocupado na fábrica, no entanto, não durou muito. Isso se deu, pois foi organizada uma partida amistosa contra o time da não-menos-prestigiada Fábrica Gerdau. Era necessário unir forças e possuir o melhor plantel para tal embate. De tal forma, com operários e funcionários administrativos unidos e misturados em um mesmo time, a equipe Rennista encontrou o seu melhor desempenho e venceu de modo inquestionável a equipe adversária. A vitória, que rendeu um belo troféu, foi comemorada como nunca antes nas dependências da empresa.

Os mais animados eram os craques Modesto Zanatta, Adolfo Richter e Victor Gottschald, que, além de bons de bola, se destacaram como verdadeiros líderes. Foi deles a ideia de fundar um clube de futebol. Com o apoio dos colegas e da direção da empresa, ainda extasiados pela vitória no amistoso, não foi difícil fundar, no dia 27 de julho de 1931, o Clube de Futebol dos Empregados da Firma Renner S/A. Tamanho entusiasmo resultou na criação de um Clube com campo e sede próprias, algo raro naquele tempo. A finalidade, além de vencer amistosos contra times de outras fábricas da cidade, era proporcionar que os funcionários da Renner S/A realizassem atividades esportivas – o que já era, nessa época, visto como importante para a saúde e também para o desempenho no ambiente de trabalho.