Há 80 anos, em 1941, Porto Alegre registrou a maior enchente de sua história. Entre os meses de abril e maio daquele ano, o nível do Guaíba alcançou a cota de 4,76 metros, onde tradicionalmente se registra apenas 1. O centro da cidade ficou embaixo d’água, assim como o 4º distrito e o bairro Navegantes – região onde ficavam as Indústrias A. J. Renner & Cia e também a sede do glorioso time dos industriários.
Todas as operações das Indústrias foram paralisadas, as águas tomaram conta de todos os espaços de trabalho. Os atletas do G. E. Renner, os quais também eram operadores das fábricas, foram mais uma vez decisivos: junto a seus colegas, eles auxiliaram a remover e a salvar dezenas de máquinas e equipamentos de produção. Gradim, o treinador do time que operava um dos teares, também estava nesse mutirão. Mesmo com tanto envolvimento, os danos e prejuízos às Indústrias Renner foram enormes.
Os jogadores-operários voltaram aos seus postos de trabalho assim que as águas retornaram ao Guaíba. O campeonato de futebol amador recomeçou em seguida. A necessidade de retornar à vida normal era urgente para os atletas, assim como para todos os Porto Alegrenses. Com persistência e determinação, os craques auxiliaram a recolocar as engrenagens da A. J. Renner nos eixos. Com o time de futebol não foi diferente. A conquista do tetra-campeonato amador daquele ano, poucos meses após a fatídica e inesquecível enchente, foi a prova de que o time estava unido e determinado a superar todas as dificuldades que aparecessem em seu caminho.
Renner Vive! 