
O desempenho do Renner no campeonato citadino de Porto Alegre de 1952 foi exemplar. Com apenas uma derrota durante toda a competição, faltou pouco para o onze Rennista conquistar o título inédito. Não fosse o empate do 2º turno contra o time do Internacional em 1 a 1, o troféu teria ido para o Estádio Tiradentes.
O vice-campeonato, no entanto, não era pouco glorioso. Com direito a troféu e honrarias, a segunda colocação na competição foi muito valorizada pela equipe do 4º distrito. Entre os atletas, destacaram-se, em atuações luxuosas, o goleiro Valdir, o ponteiro Sabiá, os meias Ivo e Ênio Andrade e os atacantes Breno, Juarez e Joeci.
Valdir demonstrava uma segurança extraordinária embaixo das traves. Sabiá, mesmo jovem, dava verdadeiros shows na ponta direita, enquanto os irmãos Ivo e Ênio Andrade levavam o time todo pro ataque. Os atacantes, não-mais-e-nem-menos importantes, Breno, Juarez e Joeci, eram os responsáveis por lançar a bola para o fundo das redes e levar a torcida alvi-rubra ao clímax.
O treinador, Selviro Rodrigues, demonstrava sua competência a cada partida. Em poucos meses, o técnico conseguiu organizar um time homogêneo e sincrônico. As peças novas, aparentemente inexperientes, se encaixaram como engrenagens de uma máquina. O resultado era um time entrosado, que apresentava um futebol rápido e de ritmo constante. A homenagem prestada pela diretoria no final do ano, ao treinador e aos jogadores, foi a prova da admiração dos dirigentes pelo time que dava show quando entrava em campo.