
O campeonato metropolitano de Porto Alegre de 1958 foi tão longo que, em uma das brechas na agenda de confrontos do G. E. Renner, o time foi a Montevideo realizar um amistoso contra o Nacional. A partida, realizada em 18 de janeiro de 1959, no Estádio Centenário, marcou a segunda derrota rennista para o esquadrão uruguaio em toda a sua história, desta vez por 2 a 1.
Após retornar a Porto Alegre o time enfrentou, ainda pelo campeonato metropolitano de 1958, o Internacional e o Grêmio. O time perdeu nas duas oportunidades, mas o desempenho nas partidas anteriores foi suficiente para garantir a terceira colocação na competição. Em seguida, iniciou o período de férias dos jogadores, os quais estavam absolutamente ansiosos para a viagem à Europa programada para o mês de abril.
Antes que iniciasse a temporada, e os preparativos para a viagem, o time enfrentou ainda o Guarany F. C., em Cachoeira do Sul. A partida, realizada em 07 de março de 1959, foi marcada por uma atuação imponente do time da capital gaúcha. A equipe, mesmo tendo sofrido um gol de empate, após sair na frente no marcador (com um gol de Zago), soube se organizar para marcar mais uma vez. Higino foi o craque que marcou o gol da vitória.
A imprensa cachoeirense registrou assim o confronto: “Espetáculo de gala assistiu o público desportivo cachoeirense à noite de sábado último, na abertura do Festival do Futebol, auspiciado pelo Guarany F. C. Exibiu-se aos cachoeirenses, nessa oportunidade, o adestrado conjunto do G. E. Renner, da capital do Estado, possuidor de um ótimo conjunto, impressionando favoravelmente a plateia desportiva de Cachoeira do Sul”.
Eram 22h45 do dia 07 de março de 1959 quando Ítalo Patia trilou o apito e encerrou a confronto entre Guarany e Renner. Mal sabia o árbitro que ele estava entrando para história do futebol Brasileiro. Naquele momento ele apitou o encerramento da última partida do time de operários que teve a mais brilhante trajetória no País: o Grêmio Esportivo Renner, o cometa que assombrou por onde passou – e que, tal como os astros celestiais, sempre reaparece. O Renner Vive!
