Luiz Fernando da Luz iniciou sua carreira no futebol nas divisões de base do G. E. Renner. Sempre disciplinado, o jovem zagueiro não demorou para ser notado entre a garotada. Fez sua estreia entre os profissionais em 1957, ano em que foi alçada uma série de garotos para o time principal. Nessa época, a torcida, assim como toda a imprensa, estava de olho nos “brotos do Selviro”, o ilustre treinador do time dos industriários. A escalação era quase sempre assim: Henrique (Raul Kinnemann), Bonzo, Luiz Luz, Raul Puccio (Alduíno) e Dilson; Gago, Raimundo e Vilson (Osquinha); Pedrinho, Ênio Souza (Higino) e Cláudio.
Luiz Luz jogou pelo G. E. Renner até o encerramento das atividades do clube. Depois disso, jogou ainda pelo Internacional, pelo São José e pelo Floriano (atual Novo Hamburgo). Selviro Rodrigues sempre foi seu técnico preferido, em função da capacidade do treinador de organizar esquemas táticos e preparar fisicamente os jogadores. Seu maior ídolo era seu pai.
Luiz dos Santos Luz, seu pai, também foi um zagueiro espetacular. Jogou no Americano, no Grêmio e no Penãrol. Foi ainda o único jogador gaúcho convocado para representar a seleção brasileira na Copa do Mundo disputada na Suíça em 1934. Luiz Luz pai, assim como o filho, era um zagueiro completo, que aliava técnica, garra e uma capacidade espetacular de desarmar silenciosamente seus adversários, a qual lhe rendeu o apelido de “fantasma da área”.
Luiz Luz, o filho, herdou do seu pai virtudes como a determinação, a capacidade de desarme e de se posicionar em campo. A genética é forte. E na família Luz não foi diferente: filho de “fantasma da área” … “fantasminha da área” é!
Renner Vive! 