
O entrosamento da equipe do Grêmio Esportivo Renner estava no auge no ano de 1953. O time se postava em campo com altivez, os jogadores já sabiam onde seus companheiros se encontravam no gramado, os gols ocorriam com naturalidade. A harmonia existente entre os atletas era tanta que a bola parecia treinada para encontrar as redes dos adversários. Tamanha sintonia levou o esquadrão a conquistar, mais uma vez, um honroso vice-campeonato, dessa vez dividido com a equipe do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.
O mais impressionante desse ano é que o sucesso do time não se restringia à categoria profissional. Assim como na categoria principal, as equipes das categorias de aspirantes e de juvenis também estavam alcançando desempenhos formidáveis. Com brio e exímia qualidade técnica, os esquadrões dessas categorias também conquistaram a segunda colocação nas competições que disputaram.
Os atletas da categoria principal (Valdir, Ênio Rodrigues e Paulistinha; Bonzo, Ivo Andrade e Olávio; Sabiá, Breno, Juarez, Ênio Andrade e Joeci) eram os grandes exemplos da garotada que atuava nas categorias de base. Entre os aspirantes, Aristeu, Orlando, Vado, Gago, Ivo Medeiros e Carlitos demonstravam uma categoria espantosa e frequentemente eram escalados entre os jogadores do time principal. Entre os juvenis, os destaques eram o elástico goleiro Raul Kinnemann e os ágeis atacantes Lioni e Pedro Figueiró. O Renner já não era mais uma promessa de time. O clube estava organizado, orquestrado e preparado para conquistas ainda mais inesquecíveis.
